4ª Mesa-Redonda de 2007 Educação, Trabalho e
Empreendedorismo do Jovem Estudante Brasileiro. Setor Químico Participantes 1.
Anita Viviane, Gerente de RH Corporativo da Basf. 2. Larissa Barbosa,
responsável por estágio e trainee da Henkel. 3. João M. Tuboni, gerente de
Remuneração e seleção da Sabesp. 4. Gustavo Villaça G. Figueiredo, gerente
regional da GE Water. 5. Prof. Luiz Carlos Bertevello, Coordenador de Engenharia
Química da FEI. 6. Prof. Edson Tríboli, Coordenador de Engenharia Química do
Instituto Mauá de Tecnologia. 7. Prof. Ricardo Calvo, Coordenador de Química e
Engenharia Química do Centro Universitário Oswaldo Cruz. 8. Walter Barelli,
conselheiro do Instituto Via de Acesso e Coordenador da Mesa-redonda. 9. Ruy
Leal, superintendente geral do Instituto Via de Acesso e moderador da
mesa-redonda. Conteúdo No setor Químico, o jovem terá oportunidades se sempre
estiver disponível, possuir um bom inglês, pois a maioria das empresas
contratantes do setor é grande, que usa esse idioma cotidianamente. Também deve
ser maduro, ?antenado? e com boa formação. chances de o jovem fazer carreira
com essas condições ou habilidades são maiores já que no setor químico
grandes transformações são uma constante. A área comercial se apresenta como um
grande canal de aproveitamento de jovens com genuíno interesse em atuar em
vendas, coisa não muito incentivada por algumas escolas de química e de
engenharia química, como também se trata de um universo de oportunidades
desconhecido por outras escolas. A questão da maturidade é bastante latente no
meio estudantil. Há casos de filhos que aparecem na escola, acompanhados pela
mãe ou pelo pai, para identificar o que está ocorrendo com notas ou reclamam
de dificuldades acadêmicas que não são capazes de suportar. Há um entendimento
de que a adolescência vai agora até os 30 anos. O jovem sai da casa dos pais
após os 30 anos e a família protege muito até lá. Ele fica sem experiência de
vida e despreparado para enfrentar o mercado de trabalho. A química mata e,
portanto, não foi feita para irresponsáveis ou para imaturos. Não há como
considerar crises de pânico no meio empresarial em pleno trabalho. empresas,
de outro lado, reconhecem que boa parte dos jovens peca por sua instabilidade
emocional e perdem oportunidades e espaço por conta disso. Qual a percepção os
jovens têm de seus pais? empresas identificam casos de sociopatia junto aos
jovens, ou seja, o desconhecimento da existência do outro, como também de jovens
neuróticos, portadores da síndrome do pânico, alternâncias graves de humor,
isolamento, entre outras. Entretanto, identificou-se também a existência de
alguns descompassos entre exigências das empresas do setor e o que escolas
podem oferecer. Não dá, por exemplo, para escolas atenderem em 5 anos de
formação toda a gama de exigências que a indústria vem fazendo, definindo como
necessário que o recém-formado saia dos bancos escolares com perfil
administrativo + técnico + habilidades comportamentais. No Canadá empresas
seguradoras de saúde não pagam afastamentos de funcionários ocasionados por
excesso de exigências das empresas. Tudo o que ocorre no setor privado ocorre em
empresas públicas. O concurso público retomou a atenção e o interesse do jovem.
Uma das principais razões para isso ocorrer é que há uma estabilidade muito
maior, o que diminui a tensão e o estresse, pelo menos. Como previsão de futuro
o setor químico entende que haverá falta de profissionais. No ambiente escolar
não se retrata a realidade empresarial, nem se espera isso na empresa. Porém, no
ambiente da escola superior há uma continuidade da escola de ensino médio, com
excesso de brincadeiras entre os estudantes, inclusive em questões referentes ao
futuro aproveitamento profissional. Denota imaturidade e falta de interesse com
o futuro profissional. Outro fator relacionado é a grande competição existente
entre escolas particulares. Por conta disso, a relação das escolas com os
alunos ficou muito paternalista ou ?protecionista?, o que fortalece a
imaturidade dos alunos. Há, entretanto, clara diferença entre o aluno que estuda
durante o dia e o que estuda durante a noite. O aluno diurno tem a família como
grande investidor em sua formação. É cognitivamente melhor, mas muito imaturo.
Já o aluno noturno quer melhorar de vida. Normalmente é de família
economicamente mais carente, quer melhorar de vida, mais maduro e preparado para
a vida, não reclama de trabalho, mas é cognitivamente menos preparado. Talvez,
por isso, empresas em geral preferem oferecer estágios de 8 horas diárias, o
que não deveria ser tão forte assim, pois essa prática faz com que muita gente
boa possa não ser aproveitada e amadurecida. Muitas empresas adotam a carreira
em ?Y?, ou seja, o profissional pode seguir carreira tanto no plano técnico como
no executivo. A exigência, todavia, é grande, sim. O mundo é exigente e o
estudante não se atenta para isso. Mas, o que empresas estão buscando em seus
profissionais e o que escolas estão entregando? Quanto à formação técnica, no
geral, escolas estão formando adequadamente, segundo necessidades
empresariais. Porém, empresas buscam nos jovens outras habilidades,
comportamentais, necessárias ao seu aproveitamento profissional. empresas
estão dispostas a cuidar do comportamental em suas dependências. habilidades
comportamentais mais buscadas no jovem são:
- Saber lidar com a pressão.
- Estar sempre aberta às idéias e sugestões.
- Saber trabalhar em equipe.
- Saber trabalhar com a diversidade.
- Trato amigável com a tecnologia.
- Boa comunicação escrita e verbal.
Do lado contrário, o que não se perdoa em um jovem no
meio empresarial é a arrogância.
Via de Acesso
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