Com o tema ?O líder cidadão e a nova ética do mundo?, um dos maiores consultores de executivos do Brasil esteve presente no auditório do Via de Acesso, no último dia 22 de maio. Marco Aurélio Vianna participou do Seminário Ética Empreendedora promovido gratuitamente pelo Instituto. Experiente, o consultor iniciou sua palestra com um conselho, ?ao definir seu futuro profissional, defina o caminho independente do cheque?. Segundo ele, nos anos 90 passamos por uma meritocracia, ou seja, um período em que diferenças sociais só aumentaram. Agora, atingimos um limite em que temos que fazer uma revolução pessoal e não ficar esperando a chamada revolução global. Ele pergunta: ?Que mundo deixarei para o meu neto?? e afirma que esta pergunta tem um peso maior que o valor do salário de qualquer cidadão no final do mês. Para o consultor a nova lógica do mundo é aquela que une lucro e responsabilidade social ? ?lucro não é objetivo e sim resultado de algo bem feito?, diz.

    Como quem conta uma piada, ele questiona: no mundo atual quem morre primeiro: o realista, o pessimista, o positivista ou otimista? E conclui que o positivista é o homem que sobreviverá às novas demandas mundiais. Atualmente, os médicos promovem a saúde e os clientes discutem com os médicos. Os dentistas fazem prevenção, os economistas incorporam a psicologia, os administradores priorizam o humano, os padres aceitam a ciência, os auditores evitam a penalidade, os líderes servem, os filósofos são realistas, os cientistas sinergizam, os advogados são parceiros de negócios e os professores são ?líderes de vida?. ?Quem não está sofrendo o impacto dessas mudanças??, questiona Marco Aurélio. Segundo ele, estamos passando por uma mudança de paradigmas.

    O mundo não está ruim, está diferente. Para começar, pessoas devem aprender a ser líderes. Vianna afirma: ?minha missão é deixar alguma coisa para o mundo, melhor do que recebi dele?. Refletindo, o consultor espera que os negócios das empresas deixem de ser apenas o dinheiro e passem a ser contribuição. É possível ganhar dinheiro e fazer o bem. ONGs, como o Instituto Via de Acesso, fazem parte desta realidade. Já existem muitas empresas que possuem responsabilidade social. Empresas cidadãs apresentam melhores resultados econômicos. Marco Aurélio conclui que um ser humano integral é aquele que sabe ser líder pleno, sendo cidadão, executivo, empreendedor e estratégico. Um líder tem que amar o que faz. Bom, e a empresa? ?É uma dádiva divina, pois através dela podemos melhorar o mundo dentro do nosso tamanho?, encerra.