Bom humor foi a tônica da palestra que mostrou que a inovação é o segredo para se obter sucesso

Dando continuidade ao seu programa de eventos, o Instituto Via de Acesso promoveu no último dia 25 de abril, mais uma palestra do Seminário ?Ética Empreendedora? com o tema ?A Fórmula da Inovação?.

Com a experiência de ser jornalista, cartunista, colunista, além de seu portal na internet e do programa de rádio, Luciano Pires mostra uma visão privilegiada da dinâmica do mundo dos negócios e do comportamento das pessoas que desempenham papéis de liderança. Diretor de marketing da Dana por muitos anos, ele compreendeu que a valorização de produtos no mercado é de apenas 23%, enquanto o valor de percepção chega a 77%. Com isso, ele prova que a filosofia de Michael Hammer, criador da reengenharia, se aplica a qualquer mercado. ?Uma companhia não é definida por seus produtos e serviços, mas por seus processos?, é o que diz. Esta mesma metodologia pode ser aplicada à nossa vida, seja ela profissional, pessoal ou familiar.

Luciano explica que hoje vivemos sob um processo de ?comoditização?, em que tudo é igual e que ganha o mercado que tiver um diferencial, especialmente no processo e não necessariamente no produto. Ele também deixa claro que o mercado pode ser tanto na área profissional (cliente, chefe, colega de trabalho, etc) quanto na vida pessoal (familiares, parceiro(a), ou você mesmo).

Para isso, ele criou uma fórmula matemática da inovação em que o índice de inovação é igual ao índice da percepção da inconveniência atual multiplicado pelo índice de percepção da vantagem futura, dividido pelo índice de percepção do risco e multiplicado pelo índice de sucesso dos primeiros passos. Parece complicado, mas ele usou um exemplo bastante cotidiano para explicar. Funciona assim: estou gordo, minhas roupas não me servem e eu ronco quando durmo (inconveniência atual); se eu emagrecer vou entrar nas minhas roupas e parar de roncar (vantagem futura); mas para emagrecer tenho que abrir mão das comidas que eu gosto e acordar mais cedo para fazer exercícios (risco); se eu topar esse risco vou começar a emagrecer e vou me animar para continuar (sucesso dos primeiros passos). Ou seja, admitir que estou gordo, visualizar vantagens de emagrecer, enfrentar os riscos para este processo e perceber a perda dos primeiros quilos terei inovado na minha vida. Segundo Luciano, esta fórmula é aplicada a tudo.

Para chegar lá, ele explica que inovação é uma busca sistemática, organizada e contínua por novas oportunidades e que deve ser focada no cliente ou nas suas perspectivas pessoais. Ele aponta três vértices para inovar: produtos, processos e expectativa.

Outra fórmula usada por ele diz respeito à satisfação, que é o desempenho menos a expectativa. Ou seja, se seu desempenho melhor que a expectativa, a satisfação será positiva. Se a expectativa maior que o desempenho, a satisfação será sempre negativa. Com isso, ele mostra que a satisfação percebida pelo cliente é onde deve estar focada toda nossa estratégia. É nisso que se baseia uma marca, que é uma entidade intangível que reflete muito menos o que a empresa e seus produtos são e muito mais como eles são percebidos. Entre os exemplos citados estão Tylenol, TAM, Nike, Shell, Petrobrás e Firestone, que enfrentaram grandes crises, mas sobreviveram graças à marca que construíram.

Ele mostrou que num mercado competitivo, ser mediano e jogar pelas regras é ser invisível. Ou seja, ser comóditi é ser igual aos outros, não apresentar inovação e consequentemente não ter uma marca sólida. Por tudo isso ele aponta a inovação como chave para o sucesso. ?Iniciativas como a do Via de Acesso, que oferece cursos de capacitação, colabora para este objetivo, pois permite que os estudantes que pretendem entrar no mercado de trabalho tenham um diferencial em relação a seus concorrentes?, diz.

Para conhecer mais do trabalho de Luciano Pires, em seu portal (www.lucianopires.com.br) há enquetes, fóruns, artigos, vídeos, programas de rádio e uma variedade de conteúdo focado nas questões da educação e da luta contra o ?emburrecimento? e ?comoditização? do Brasil.